sexta-feira, outubro 21, 2005

Já anoiteceu

e ela continua a vaguear pela casa vazia. O silêncio impera, a escuridão toma conta do espaço. Os seus pés descalços percorrem cada mosaico do chão frio. A breve claridade que entra pelas janelas abertas deixa ver os contornos de uma casa cheia e ao mesmo tempo tão vazia.

Ela faz de conta que não está sozinha. Que espera alguém. Que ele vai entrar a qualquer momento. E assim continua. Assim passa a noite. Assim se esquece que ele não vai entrar pela aquela porta, assim se esquece que a noite é só dela.