terça-feira, fevereiro 14, 2006

A chegada

Para apanhar o autocarro em Bratislava para Nitra foi uma aventura. Primeiro levantar dinheiro, coroas eslovacas para comprar os bilhetes. Os motoristas não falavam inglês, logo é preciso apontar, perceber quanto é, pagar, e perceber quanto vale o dinheiro que temos na mão.

Depois de despir metade da roupa que temos vestida, coisa comum por estas bandas cada vez que se entra em algum sítio, lá começamos a entender o valor das notas e moedas, e olhar para a paisagem cada vez mais branca, estava a nevar e o autocarro a uma velocidade estonteante de cerca de 50 Km/h.

Lá conseguimos finalmente chegar a Nitra onde as nossas amigas já nos esperam. Nada melhor que ter alguém que percebe, fala e sabe o que nós não entendemos.

Nova aventura, apanhar dois táxis para as residências (o Bruno está na Mladost e eu e a Sílvia estamos na Anton Bernoláka). Qualquer carro aqui pode ser um táxi, e os ditos carros são de uso pessoal para quem os conduz, portanto não é de admirar quando nos abrem o porta-bagagem para as mochilas que encontrem os brinquedos dos garotos. Os carros derrapam no gelo, mas isso não parece ser um problema para quem conduz.

Depois de chegar à residência, ambientarmo-nos ao local, tomar um banho, descansar um bocadinho percebemos que aqui os horários para tudo são substancialmente diferentes que os nossos. As aulas começam às 7 da manhã (ainda bem que não viemos fazer disciplinas!), terminam entre as 4 e as 7 da tarde. Janta-se normalmente por volta das 6 (cedo, cedo, cedo…), podemos ir ao café e a um qualquer bar, mas deitamo-nos substancialmente mais cedo que estamos habituados. Há que dormir para aproveitar bem as horas de luz do dia e as temperaturas mais ou menos agradáveis (entre -5 a -10ºC).

Para primeiro dia até que não correu nada mal.