segunda-feira, dezembro 05, 2005

De qualquer forma

percorres todos os dias a minha memória. A tua imagem continua presente desde a última vez que te vi.

Fazer te desaparecer tem sido mais difícil do que alguma vez imaginei. É talvez um pedaço de memória, um último sorriso, um último tocar que foi deixado em aberto, que não foi terminado, ao qual não se seguiram palavras de adeus, mas de silêncio de quem não sabe o que dizer.

Não quero mais do que tornar a ver-te, tornar a ouvir a tua voz, descobrir novos sorrisos, novas gargalhadas, novas melodias, novos sons. Desta vez, não deixar de novo em aberto, dizer as palavras que ficaram presas no silêncio, descobrir até quando te vou desejar desta forma indescritível, até quando vais percorrer a minha memória sem realmente te ver.