terça-feira, junho 17, 2008

Eram um casal perfeitamente normal, se é que a normalidade existe nos dias de hoje, ou se sabemos o que ela é, levantavam-se ao Domingo para descer à cidade, comprar o jornal e beber um café.

Sentavam-se os dois numa esplanada e ali ficavam, em silêncio a ler, até que um deles o quebrasse para ler uma qualquer notícia, da sua parte do jornal … sabendo que iriam trocar entretanto de folhas e que ambos iriam voltar a ler o que já tinham ouvido.
Mesmo assim, tudo aquilo fazia parte de um ritual a dois… que acontecia semana após semana, ano após ano… desde que se lembram, (tirando as viagens que ocasionalmente ele fazia, e que a deixavam tão só).

Tudo fazia sentido…

Mas houve um dia em que não saíram de casa ao Domingo de manhã, outro e outro Domingo passou… e foi então que se aperceberam que o ritual das suas vidas faziam apenas sentido nas suas cabeças… e que tinham enterrado há muito as suas vontades.

Sorriram… por terem encontrado uma resposta, e…

Voltaram a sair ao Domingo de manhã…

terça-feira, junho 03, 2008

Uma lágrima pelo rosto…
Uma certeza no coração…
Um toque ao de leve na face…
Um sorriso que se esboça…
Um olhar que se troca…
Uma vida que se vive…

domingo, junho 01, 2008

Há dias de insanidade mental...

Tenho um amiga que é taberneira, vulgo “doutora” numa farmácia... e que de vez em quando lá lhe calha ter que fazer uma noite quando a farmácia está de serviço. O que acontece é que a taberneira fica sozinha, logo sem ninguém para partilhar os pensamentos.
Uma certa noite, descobriu que podia ter uma companhia que falava com ela, a BALANÇA. Então temos a nossa querida taberneira ora a saltar para cima da balança ora a saltar para fora, para ouvir as seguintes palavrinhas:

Introduza a moeda...Altura e peso um serviço exclusivo da sua farmácia.

Há mesmo dias de insanidade mental...