domingo, outubro 30, 2005

Porque será que

na nossa casa existe sempre o nosso copo, a nossa caneca, o lugar especial na mesa, o lugar preferido no sofá.

Com tantos copos e canecas no armário, com tantos lugares na mesa com tantos sofás. Porque é que tem que ser especificamente aquele.

Pelo menos para mim funciona assim. Há sempre uma rosa especial no meio do roseiral. Não gosto que se apoderem dela antes de mim.

sábado, outubro 29, 2005

Ao longe

não dava para perceber quem era. À medida que se aproximava, os seus contornos definiam-se. Começava a entender que quem a esperava era realmente ele. Os seus passos levavam-na ao seu encontro. Foi andando devagar, saboreando o momento da aproximação. Vendo o seu rosto cada vez mais nítido, a cada instante que passava.

De repente ele vira a cara, olha directamente para ela. Sorri. Um leve sorriso. Ela responde da mesma forma. Esboça um breve sorriso, estende-lhe a mão.

Ele levanta-se e seguem juntos.

Porque o sentimento de posse é muito. Não gosto, detesto que modifiquem as minhas coisas. Gosto delas exactamente como eu as tenho. Senão seria a primeira a modificá-las.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Porque a vida sorri a cada instante. Porque um sorriso vale mais... muito mais que algumas palavras.

Fazes me feliz quando sorris.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Simplesmente cansada

Com uma vontade incrível de descansar, de dormir até às tantas. De me sentar no sofá e ali ficar, só por ficar. De dormir uma sesta, de ir ao café.

O grave problema é que me falta a coisa essencial para concretizar esta vontade.

TEMPO esse maldito tempo...

terça-feira, outubro 25, 2005

Levas me a passear.
Fazes-me companhia.
Dás me um sorriso.
Olhas-me nos olhos.
Pensas em mim.
Falas comigo...

domingo, outubro 23, 2005

De repente,

estou eu a ouvir rádio, e o senhor do outro lado tem a infeliz ideia de dizer:

“Alegre-se é sexta-feira e são quase cinco horas. O fim-de-semana está aí e o dia de trabalho a terminar.”

Será que este senhor não se lembra que há gente a começar o trabalho às seis horas e que no fim-de-semana também se trabalha? Se não sabe, alguém lhe deveria dizer.

Porque de vez em quando consegue irritar-me. Ai se consegue.

sábado, outubro 22, 2005

Olhaste-me nos olhos,

como se fosse a última vez que me irias ver. Fixaste os meus olhos e não disseste nada. Fiquei à espera de te ouvir, fiquei à espera de perceber o que iria acontecer a seguir. O que viria depois... Mas nada... Continuo sem saber.


Até hoje.

sexta-feira, outubro 21, 2005

Já anoiteceu

e ela continua a vaguear pela casa vazia. O silêncio impera, a escuridão toma conta do espaço. Os seus pés descalços percorrem cada mosaico do chão frio. A breve claridade que entra pelas janelas abertas deixa ver os contornos de uma casa cheia e ao mesmo tempo tão vazia.

Ela faz de conta que não está sozinha. Que espera alguém. Que ele vai entrar a qualquer momento. E assim continua. Assim passa a noite. Assim se esquece que ele não vai entrar pela aquela porta, assim se esquece que a noite é só dela.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Entrou em casa,

largou as chaves e carteira na mesa de entrada, como era habitual. Entrou na cozinha e dirigiu-se ao armário do vinho, olhou-o por uns segundos e decidiu-se. Tinto. Alentejano.

Passou pelo armário dos copos e tirou o seu preferido. Abriu cuidadosamente a garrafa, verteu para o seu copo. Foi até à casa de banho, onde se despiu entrou na banheira. Um banho quente.

Sentou-se no sofá da sala, ligou a televisão, desligou a logo a seguir. Levantou-se e pegou num livro. Desfolhou-o e continuou a beber o vinho.

Acho que esperava alguém. Acabou a garrafa, sozinha.

terça-feira, outubro 18, 2005

O prazer de fazer bem.

Quando nos empenhamos em algo e chegamos ao fim com aquele sentimento de orgulho, de dever cumprido. Olhar para o fruto do nosso trabalho e saber que foi bem feito, que está consistente, que está realmente BOM.

Sabe mesmo bem...

domingo, outubro 16, 2005

A emoção de,

trazer o papelinho na mão pronto a ser rasgado ou retido. A senhora a relembrar que é na 9, lá ao fundo do corredor à direita. Entrar naquela sala escura, percorrer as escadas à procura da letra certa, percorrer o corredor à procura do número certo. E finalmente sentar-me.

Esperar que comece. Ambientar-me ao lugar. Saborear o momento.

É então que ele começa, o som a imagem, tudo...

Como eu gosto de ir ao cinema!

sexta-feira, outubro 14, 2005

Chamar as coisas pelo nome

Estava eu a aproveitar um dos raros momentos que tenho tido oportunidade de ter ultimamente. O noticiário. Quando começa a notícia que dava conta da chegada da tempestade tropical denominada “Vince”, a Portugal.

Os jornalistas por vezes têm umas formas muito interessantes de dizer as coisas. Como provavelmente não acharam suficiente dizer que a tempestade tropical vinha, não vinha ou fosse o que fosse, é certo que não tomei atenção especificamente ao que a jornalista dizia, mas houve uma coisa que me chamou especialmente à atenção. De forma a ser mais fácil assustar os espectadores mais desatentos, chamou à tempestade tropical, ex-tufão.

Ex-tufão? Mas isto lá é coisa que se diga?

quinta-feira, outubro 13, 2005

«O amor é uma companhia.
Já não sei andar pelos caminhos
Porque já não posso andar só.
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor
Tu não me tiraste a natureza,
Tu mudaste a natureza...»

Excerto d’ O Pastor Amoroso de Alberto Caeiro

terça-feira, outubro 11, 2005

Pulo... do lobo

«O rio ferve entre as paredes duríssimas, rugem as águas, espadanam, batem, refluem e vão roendo, um milímetro por século, por milénio, um nada na eternidade: acabar-se-á o mundo primeiro que conclua a água o seu trabalho.»

José Saramago


sábado, outubro 08, 2005

Após quatro meses,

sem sequer pisar as terras que me virão crescer, vou me fazer à estrada. Aproveitar para rever família, rever amigos. O tempo é pouco. Só o suficiente para cumprir aquele dever que só me deixam cumprir lá. Na santa terrinha.

Amanha estou de volta.

quarta-feira, outubro 05, 2005

Entre Universidade, trabalho e projectos. Não tenho tido tempo, vontade nem paciência.

Melhores dias virão.

terça-feira, outubro 04, 2005

Praia,

Como sabe bem, entre aulas, trabalhos e trabalho conseguir tirar umas horinhas e ir até à praia. Estava uma maravilha. É a melhor altura.

Tenho que começar a aproveitar melhor as horinhas livres.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Quero voltar a abraçar-te, como da última vez.

domingo, outubro 02, 2005

Poder ouvir te sorrir,
Poder dormir até às tantas,
Poder ouvir as ondas bater,
Poder sonhar acordada,
Poder te abraçar outra vez.